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Não Tenho Culpa que a Vida Seja Como Ela É - 2009

Não Tenho Culpa que a Vida Seja Como Ela É - 2009


“Tragédia, drama, farsa e comédia.” Assim foi anunciado o início da publicação, em 16 de novembro de 1951, da coluna “A vida como ela é...”, Nelson Rodrigues atendia ao pedido de Samuel Wainer, dono do jornal Última Hora, que lhe sugerira retratar com um toque ficcional histórias que haviam figurado nas páginas do noticiário. No entanto, Nelson fez mais do que isso, e, ao introduzir suas obsessões nas histórias da “vida real”, transformou a coluna num prolongamento de suas peças para teatro, que já naquela época haviam revolucionado o modo como se fazia dramaturgia no Brasil. Não tenho culpa que a vida seja como ela é reúne 39 textos inéditos de diferentes fases da série. Entre eles, a crônica que dá título ao livro, em que Nelson descreve a gênese de “A vida como ela é...” e explica que era o mundo que lhe impunha os assuntos sobre os quais escrevia: ciúme, inveja, mortes e traições. Além disso, foram pinçados dois contos assinados por Suzana Flag, pseudônimo também usado por Nelson em folhetins e colunas de consultório sentimental.



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Sobre

Nelson Falcão Rodrigues nasceu no Recife, em 23 de agosto de 1912, o quinto filho de uma família de catorze. Quando tinha três anos, seu pai, Mário Rodrigues, foi tentar a sorte no Rio de Janeiro, capital da República. O combinado era que tão logo encontrasse trabalho, chamava a família para ir a seu encontro. Maria Esther, sua esposa, não agüentou esperar. Em 1916, empenhou as jóias e mandou um telegrama para o marido, já avisando do embarque naquele mesmo dia. Nelson conta, nas "Memórias" publicadas no "Correio da Manhã", que se não fosse a atitude da mãe, o pai jamais teria permanecido no Rio.