Obras

O Profeta Tricolor – 2002/2012

O Profeta Tricolor – 2002/2012


Organização e apresentação Nelson Rodrigues, filho

 

Esta é uma co­letânea de crônicas que refletem maravilhosamente bem uma das inúmeras facetas de Nelson Rodrigues: a de cronista das glórias e eventuais infortúnios de seu time. Mais que uma antologia, no entanto, este livro é um retrato do torce­dor apaixonado e do crítico feroz que em nenhum momento, em meio a seu vasto repertório criativo, se expôs tanto quanto nas crônicas que envolviam seu amado Fluminense.

Sem dúvida, esta é uma obra que vi agradar em cheio a todo torcedor do time das Laranjeiras. Mas é também, fundamentalmen­te, um livro de cabeceira para apaixonados por futebol. Se esse não é o seu caso, ainda as­sim vai se surpreender com a prosa fluente e bem-humorada desse que é um dos maiores craques de nossa literatura, um autor que joga nas onze posições com a maior habilidade.

 

Trecho do livro:

 

"Um campeonato constitui uma soma de fatores. Um deles, e dos mais im­portantes, é a torcida. Um time precisa sentir, atrás de si, o berro da torcida. A ausência dessa torcida representa a solidão. Nada mais triste do que um time sem ninguém. Acresce o seguin­te: — ninguém faz justiça à torcida tricolor. Mas eu vos digo: — a grande torcida é a do Fluminense. Nada se compara à sua flama e à sua fidelidade. Outras podem ser mais numerosas. Uma torcida, porém, não vale a pena pela sua expressão numérica. Ela vive e influi no destino das batalhas pela força do sentimento. E a torcida tri­color leva um imperecível estandarte de paixão."



Contato
nelsonrodrigues.com.br.
Mail : contato@nelsonrodrigues.com.br
SIGA-NOS
Sobre

Nelson Falcão Rodrigues nasceu no Recife, em 23 de agosto de 1912, o quinto filho de uma família de catorze. Quando tinha três anos, seu pai, Mário Rodrigues, foi tentar a sorte no Rio de Janeiro, capital da República. O combinado era que tão logo encontrasse trabalho, chamava a família para ir a seu encontro. Maria Esther, sua esposa, não agüentou esperar. Em 1916, empenhou as jóias e mandou um telegrama para o marido, já avisando do embarque naquele mesmo dia. Nelson conta, nas "Memórias" publicadas no "Correio da Manhã", que se não fosse a atitude da mãe, o pai jamais teria permanecido no Rio.