Obras

O Reacionário - 1977

O Reacionário - 1977


Ao intitular seu último livro de O reacionário – epíteto que, de tanto ouvir ligado ao seu nome, Nelson Rodrigues decidiu assumir para si –, o autor resumiu toda a sua história de polemista. Sua obra jornalística, por sua vez, não pode ser relegada simplesmente à polêmica. Como escreveu Gilberto Freyre no prefácio à primeira edição de O reacionário, “o escritor-jornalista ou o jornalista-escritor é o que sobrevive ao jornal. Pode resistir à prova tremenda de passar do jornal ao livro”. Nas 130 crônicas reunidas neste livro, publicadas entre março de 1967 e maio de 1974 nas colunas "Memórias" do Correio da Manhã e “Confissões” de O Globo, estão presentes ao mesmo tempo o vigor e a graça do estilo de Nelson Rodrigues. Prova de que, além de retratar uma época e contrariar o “bem-pensar”, seus textos são alguns dos melhores momentos do gênero brasileiro por excelência, ao mesmo tempo jornalismo e literatura: a crônica. 



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Sobre

Nelson Falcão Rodrigues nasceu no Recife, em 23 de agosto de 1912, o quinto filho de uma família de catorze. Quando tinha três anos, seu pai, Mário Rodrigues, foi tentar a sorte no Rio de Janeiro, capital da República. O combinado era que tão logo encontrasse trabalho, chamava a família para ir a seu encontro. Maria Esther, sua esposa, não agüentou esperar. Em 1916, empenhou as jóias e mandou um telegrama para o marido, já avisando do embarque naquele mesmo dia. Nelson conta, nas "Memórias" publicadas no "Correio da Manhã", que se não fosse a atitude da mãe, o pai jamais teria permanecido no Rio.