Obras

O Casamento – 1966

O Casamento – 1966


O casamento é um inventário das obsessões mais caras a Nelson Rodrigues. Adultério, incesto, assassinato e um austero moralismo pontuam suas páginas, escritas em 1966, no ritmo da encomenda que resultou no primeiro e único romance que o dramaturgo assinou com o próprio nome. Censurada menos de dois meses depois de publicada, a obra se passa nas 24 horas que antecedem ao casamento de Glorinha, quando Sabino, o zeloso pai da moça, se vê atropelado por fantasias e fantasmas sexuais e sua vida se transforma no campo de batalha entre a força devastadora dos desejos e a aparente solidez da moral. Sua tragédia é, inevitavelmente, vizinha da comédia, já que Nelson enche a trama com algumas das tiradas que o celebrizaram: “Todo canalha é magro!” “Só os profetas enxergam o óbvio.” “Qualquer um pode ser obsceno, menos o ginecologista.” “Não acredito que uma mulher possa amar o mesmo homem por mais de dois anos.”



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Sobre

Nelson Falcão Rodrigues nasceu no Recife, em 23 de agosto de 1912, o quinto filho de uma família de catorze. Quando tinha três anos, seu pai, Mário Rodrigues, foi tentar a sorte no Rio de Janeiro, capital da República. O combinado era que tão logo encontrasse trabalho, chamava a família para ir a seu encontro. Maria Esther, sua esposa, não agüentou esperar. Em 1916, empenhou as jóias e mandou um telegrama para o marido, já avisando do embarque naquele mesmo dia. Nelson conta, nas "Memórias" publicadas no "Correio da Manhã", que se não fosse a atitude da mãe, o pai jamais teria permanecido no Rio.