Documentário Nelson Rodrigues
Nelson e o teatro
Em minhas peças, quis retratar o trágico, em segundo lugar os valores e em terceiro o mau gosto, de que não abdico. Acho que ele faz parte do teatro e da cultura.
Nelson e o ser humano
Quem ganha é o cretino fundamental. Basta um se levantar que os outros rapidamente aparecem. Vivemos uma era em que os cretinos fundamentais se revoltam. A constante dos seres humanos é a burrice. Para um gênio há 10 milhões de imbecis.
O brasileiro vai conquistar a vida. É um peixe cego, que tem luz própria, mas anda babando na gravata.
Nelson por ele mesmo
Não tenho medo de confessar minha morbidez. Eu a recebo e a compreendo como uma graça de Deus.
Não sou pornográfico. Pelo contrário, me chamo de moralista. O único lugar onde o homem sofre e paga pelos pecados é em minhas peças.
Eu sou reacionário porque sou pela liberdade. O não reacionário é o comunista que não tem liberdade nem para fazer greve. O socialista ortodoxo teve que engolir a castração imposta pela União Soviética e vem me falar de liberdade?
Comecei a ser ser Nelson aos 7 anos .A professora pediu para fazer uma história de imaginação e eu escrevi um adultério massante, em que a mulher era esquartejada no final. Era o meu primeiro A Vida Como Ela é.
Eu sou um robótico, um pierrô do Méier. Sou um homem que chora. Meu sentimentalismo é meu ponto forte.